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Abertura da exposição “Vídeos que cruzam ciência, arte e documentário autobiográfico: olhares de Brasil e Portugal” na Pinacoteca da UFV

A abertura da exposição coletiva “Vídeos que cruzam ciência, arte e documentário autobiográfico: olhares de Brasil e Portugal” na Pinacoteca da UFV será em 22 de agosto às 19H, com entrada franca. O público poderá assistir videoartes de Alba Pedreira Vieira (diretora artística da Cia Mosaico de Dança Contemporânea, canal youtube: channel/UCQc_), Bruno Mendes da Silva, Carlos Gonçalves Tavares e Felipe Menicucci. Eles se reuniram nessa ocupação na Pinacoteca da Universidade Federal de Viçosa para evidenciar o encontro mágico do corpo, da dança e da performance com a cinematografia. Os três brasileiros e um português (Bruno), têm trabalhado ao longo de vários anos mesclando de forma “morena” várias linguagens artísticas, metodologias e técnicas de edição cujos resultados na tela nunca serão vistos em um palco ou em outro espaço cênico.

“Estamos muito felizes que a Cia Mosaico e os demais parceiros foram os vencedores do edital de exposição institucional da Pinacoteca e Museu Histórico da Universidade Federal de Viçosa/UFV em 2019; e a exposição se inclui nas demais comemorações do aniversário da UFV”, diz Caio Fellype, bailarino da Cia Mosaivi,

Segundo Alba Vieira, “o processo de produção de um videoarte exige que se filme muito material “bruto” para posteriormente se poder selecionar e editar tudo em um único vídeo. A artista explica que foi incluída  nesta exposição o registro audiovisual de três espetáculos da Cia Mosaico de Dança Contemporânea (“Being Bricolage”, “Dança Vadia” e “Portfolia”) a fim de que se possa evidenciar diferenças entre um vídeoarte e  um registro audiovisual. Houve uma intensa articulação entre os profissionais envolvidos para que o expectador possa experienciar, ao assistir os trabalhos de videoarte da exposição, a busca pela diluição das fronteiras entre as áreas da Dança, Performance, Artes Visuais, Cinema e Artes Midiáticas. Por meio desta exposição, o público é convidado a assistir e refletir sobre o vídeo como uma forma de pesquisa artística que explora as interrelações de composição, poéticas, linguagem, significados do corpo, movimento, espaço e tempo.”

Um dos expositores, Carlos Tavares, que recentemente defendeu seu doutorado em videodança na Universidade de Algarve em Portugal orientado por Bruno Mendes e Alba Vieira, afirma que “Desenvolvemos nossos trabalhos engajados no contexto de debates culturais contemporâneos sobre agência artística, prática como pesquisa e interdisciplinaridade.”

 Felipe Menicucci, outro dos expositores que é jornalista e diretor de programação da TV Viçosa, esclarece: “Identificamos nossos trabalhos com os vídeoartes híbridos que tem sido produzidos desde o advento da mídia ótica e da imagem em movimento, em que sensibilidades coreográficas e performáticas, corpos em movimento e “dança” tem aparecido de forma proeminente na tela. Dos estudos do movimento de Eadweard Muybridge (fotógrafo anglo-americano) à linguagem cinematográfica inovadora de Sergei Eisenstein (cineasta soviético), via os Dadaístas e Futuristas, imagens de corpos em movimento têm sido objeto de exploração, através das mídias de fotografia, cinema, vídeo e tecnologia digitais. Assim, desde meados do século vinte, artistas e pesquisadores da dança, da performance e da imagem em movimento tem desenvolvido essa forma de linguagem que é o foco dessa exposição cujo objetivo maior é convidar o expectador a movimentar seu pensamento e sua imaginação por meio das imagens moventes na tela.”

 Bruno Mendes, professor universitário português e pesquisador em videoarte, entende que “Um dos eixos motivadores dessa exposição coletiva é a relevância da colaboração ético-estética entre países que compartilham além da língua, similaridades em suas constituições históricas, ao mesmo tempo em que ecoam diferentes desdobramentos das experiências de colonização. Durante nossa colaboração para essa exposição, observamos como condições de produção e modos de criação e colaboração podem apontar para políticas de descolonização ou refletir dinâmicas históricas dos processos de colonização, vividos de modos diferentes na Europa e na América Latina. Nossa perspectiva de observação e pesquisa se debruçou ainda sobre a potencialidade e versatilidade dos materiais cinematográficos gerados por cada artista/pesquisador, nas fricções com os diferentes excertos áudio visuais coletados, incidindo em diferentes perspectivas composicionais e concepcionais.”

 Os vídeos dessa exposição convidam, por meio da força da imagem fotopoética, o expectador a serem coautores das obras, pois não há uma narrativa fechada. Há geralmente uma imagem suprimida (na edição), um antes e depois que não é visto. Com as imagens mostradas, o expectador pode reconstruir em sua imaginação as imagens não mostradas e, assim, construir sua própria narrativa.

Chirle, museóloga da Pinacoteca, convida à comunidade viçosense e universitária para prestigiar a exposição que acontecerá de 22 de agosto a 10 de outubro na Pinacoteca da UFV e pode ser visitada (entrada franca) de segunda a sexta de 11h as 11h30 e de 14h as 17h30.

Na noite de abertura haverá a apresentação artística da performance inspirada na vida e obra de Clarice Lispector “Horas  Perigosas” pela Cia Mosaico e do músico Celso Faria de Belo Horizonte. 


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